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A História da High Times: A Revista Que Mudou o Mundo da Cannabis 🌎

História da Cannabis Cup

Escrito por:

ganzaapp

06/11/2025

Durante décadas, a High Times educou, provocou e inspirou gerações — mesmo em meio à censura e à repressão da Guerra às Drogas.


Ela ensinou técnicas de cultivo, lançou o maior festival de strains do planeta, denunciou injustiças e deu palco para vozes que nunca tiveram espaço na mídia tradicional.


Hoje, quase 50 anos depois, ela segue viva — adaptada à era digital, mas fiel às suas raízes.

Vamos voltar aos anos 1970 pra entender como tudo começou.


As Origens da High Times


A história começa em 1974, nos Estados Unidos. O país ainda carregava as feridas da Guerra do Vietnã, o movimento hippie se dissolvia, e o clima político era tenso. Foi nesse cenário que surgiu Tom Forçade, jornalista underground e ativista político, que via na cannabis um símbolo de liberdade contra um sistema opressor. A ideia dele era ousada: criar uma revista que celebrasse a erva — mas que também educasse, entretivesse e desafiasse a sociedade. Assim nasceu a High Times.


O financiamento inicial veio de recursos pessoais (e, segundo dizem, de algumas “fontes alternativas”), mas o propósito era muito maior que o lucro. Forçade queria um veículo de resistência cultural, que falasse sobre liberdade individual, ciência, cultivo e política — tudo com irreverência e coragem.


Curiosidade:

🌀 A primeira capa da High Times não tinha nenhuma planta, mas sim uma mulher prestes a consumir um cogumelo — um gesto simbólico que mostrava a ligação da revista com a psicodelia e a contracultura da época.

A tiragem inicial de 10 mil exemplares esgotou em poucos dias. E entre os primeiros colaboradores estavam nomes como Hunter S. Thompson e William S. Burroughs, trazendo textos literários e análises sociais afiadas.


A High Times não era “papo de maconheiro” — era jornalismo alternativo com conteúdo, coragem e propósito. Ela denunciava abusos da DEA, criticava o moralismo da mídia e se tornava, para muitos, “a revista do povo”. Até o fim dos anos 1970, a publicação já era referência.


Mas em 1978, a tragédia: Tom Forçade tirou a própria vida, deixando um legado e uma equipe abalada. Mesmo assim, a High Times sobreviveu — e renasceu com nova direção, reafirmando o foco no cultivo, no ativismo e na cultura da cannabis.


High Times e a Guerra às Drogas


Nos anos 1980, os Estados Unidos mergulharam na era Reagan e na política de “tolerância zero”. A Guerra às Drogas intensificou a repressão, e a cannabis virou símbolo daquilo que o Estado queria combater.

Mas a High Times resistiu. Mesmo sob censura, perseguição e preconceito, ela continuou publicando artigos sobre cultivo indoor, liberdade civil e educação sobre a planta. Em plena década de medo e desinformação, a revista alcançou uma marca impressionante:

📈 meio milhão de exemplares vendidos em 1987.

Ela ensinava técnicas avançadas, explicava iluminação, poda, nutrição — e tudo isso de um jeito acessível para o pequeno cultivador. As capas eram provocativas, as matérias investigativas, e o tom — sempre político, irônico e consciente. E foi nesse contexto que nasceu um dos maiores legados da High Times:

a Cannabis Cup. 🏆


A High Times Cannabis Cup: A Revolução em Amsterdã


Em 1988, o jornalista Steven Hager criou o primeiro High Times Cannabis Cup em Amsterdã.

A ideia era simples — e genial:

reunir cultivadores do mundo todo para celebrar a planta, trocar experiências e premiar as melhores genéticas. O evento começou pequeno, com apenas 3 jurados e 4 empresas.


Mas a semente estava plantada. Em pouco tempo, a Cannabis Cup se transformou no maior festival de cannabis do planeta, atraindo growers, artistas, cientistas e curiosos de todos os cantos. Lá, aconteciam debates sobre legalização, workshops de cultivo, apresentações musicais e feiras de sementes.

Mais do que uma competição, era uma celebração global da liberdade e da cultura canábica. Foi a Cannabis Cup que consolidou a High Times como símbolo internacional da cena, conectando contracultura, ativismo e inovação.

E é curioso pensar:


O que a High Times criou lá em 1988, a gente vive hoje em novas formas — como o Ganza App, que faz o mesmo papel de reunir cultivadores, trocar experiências e celebrar a cultura da planta. 🌿

💚 No Ganza, você pode postar seu cultivo, ver o progresso de outros growers, trocar técnicas e participar de desafios e rankings.
É literalmente uma rede social feita pra quem cultiva.


A High Times na Era Digital


Nos anos 2000, o mundo mudou — e a High Times também. Ela deixou de ser apenas uma revista impressa e virou uma marca digital global: com blogs, vídeos, fóruns e coberturas multimídia.


Enquanto outras mídias morriam, a High Times se adaptou — apostando em conteúdo técnico, reportagens profundas e acompanhamento das mudanças nas leis de legalização nos EUA e no mundo.


Durante os anos 2010, ela abraçou as redes sociais e se reinventou novamente, aproximando-se de um público mais jovem, mas mantendo o DNA da contracultura.


Hoje, com quase 50 anos de história, a High Times é muito mais que uma revista: é um instituto cultural, educacional e histórico da cannabis.


Entre a Resistência e a Indústria

Claro, nem tudo são flores. Nos últimos anos, a High Times também foi alvo de críticas — alguns dizem que ela “se rendeu à indústria”, afastando-se das raízes ativistas que a tornaram icônica.

Mas, seja como for, é inegável: Ela inspirou gerações e criou um dos maiores símbolos de liberdade cultural do século XX.


Conclusão

De um panfleto underground dos anos 70 até uma plataforma global em 2025, a revista se manteve firme em sua missão, pelo menos, por muito tempo: educar, informar e celebrar a planta.


E, assim como ela, a nova geração de cultivadores continua escrevendo essa história — agora, em espaços como o Ganza App, onde a cultura e o cultivo seguem vivos, livres e em constante evolução.


💬 Queremos saber de você:
Qual história da contracultura canábica você quer ver por aqui?


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